sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

André Villas Boas: “Jogo com o Rio Ave é desafio à nossa capacidade de triunfo”

O treinador da Académica, André Villas Boas, esteve hoje na sala de imprensa da Academia Dolce Vita para fazer a antevisão da partida com o Rio Ave, agendada para o próximo domingo, pelas 16:00, no Estádio Finibanco Cidade de Coimbra.

O técnico dos “estudantes” destacou a qualidade individual da turma de Vila do Conde e afirmou que o encontro de domingo será um “desafio” à capacidade de triunfar da Briosa, sendo que será um jogo onde a Académica perceberá se é “legítimo ou não pensar chegar mais além”.

“Estão a um ponto de nós. O Rio Ave é uma equipa bem organizada defensivamente, muito competente. Tem talento individual com Vítor Gomes, Bruno Gama, André Vilas Boas, Fábio Faria, Sílvio… Podem-nos criar problemas e é um desafio à nossa capacidade de triunfar e se é legítimo ou não pensar mais além.”, começou por dizer.

André Villas Boas adiantou que os “estudantes” procurarão “manter a identidade” apresentada em Belém e voltou a frisar que não é normal uma equipa chegar frequentemente ao intervalo com uma vantagem de dois golos.

“O jogo no Restelo reflectiu um pouco a nossa identidade. Não é normal a frequência com que chegamos ao intervalo com uma vantagem de dois golos. Queremos manter isso mas não é fácil… Essa é a identidade que procuramos e queremos mantê-la durante 90 minutos para que possamos ambicionar outros voos, se é que é legítimo pensar neles.”, comentou.

O treinador da Académica salientou mesmo que o clube vive um período que é preciso “gerir com alguma cautela” pois existe o perigo de “viver com a ilusão de determinados objectivos”, recordando para isso os exemplos do próximo adversário dos “estudantes”, o Rio Ave, e também do Nacional. Talvez por isso, André Villas Boas prefere pensar “jogo a jogo” e lembra que a realidade da Briosa é a permanência.

“Precisamos de gerir esta situação com alguma cautela. Durante alguns períodos de jornadas podemos viver com a ilusão de determinados objectivos. O Nacional e o Rio Ave viveram essa ilusão, por exemplo. O rendimento que temos, apesar de ser bom, não é suficiente para esse tipo de objectivos. A nossa realidade é a permanência e só podemos pensar jogo a jogo. Quanto formos mais regulares no rendimento, podemos partir para outros voos.", referiu.

Villas Boas e a chamada de três jogadores à Selecção: “Isso é fruto do trabalho colectivo”

No dia em que foi conhecida a lista de convocados para a Selecção Nacional sub-23, a Académica ficou a saber que três dos seus jogadores fazem parte dos planos de António Simões para o próximo compromisso de Portugal.

Instado a comentar esse facto, André Villas Boas falou do “prazer muito grande” mas lembra que tudo isso “é fruto do trabalho colectivo", adiantando que há outros jogadores que podem também ser chamados pelas respectivas selecções, como é o caso de Berger.

“É um prazer muito grande. O colectivo fez potenciar o rendimento individual desses três jogadores que foram chamados. Há outros que estão na mira e que têm vindo a ser observados e isso é fruto de um trabalho colectivo que foi premiado. Neste momento foram três, mas esperamos que no futuro o Berger seja capaz de chegar à selecção da Áustria. A manter este nível exibicional e de rendimento poderemos até esperar um interesse exagerado por alguns jogadores nossos no mercado de Verão. Na minha óptica tudo isto se deve ao colectivo.”, frisou.

O técnico dos “estudantes” analisou ainda a renovação do capitão Orlando e elogiou a união do grupo de trabalho, afirmando que até à data só encontrou um grupo que mostra a “dinâmica” da Briosa.

“Dentro de um projecto de continuidade deste grupo de trabalho, o que é muito importante, vejo isso com muito agrado. Recordo-me apenas de um grupo de trabalho onde estive inserido que estivesse ao nível deste, que foi o do FC Porto vencedor da Taça UEFA e campeão nacional. É difícil encontrar grupos com esta dinâmica e união e encontrei-os aqui, depois de ter passado em grupos com grande qualidade e com grandes jogadores. Quanto mais os mantivermos aqui, melhor, mas não podemos descurar a óptica de sermos um clube vendedor.”, lembrou.

Académica e Rio Ave encontram-se no próximo domingo, pelas 16:00, no Estádio Finibanco Cidade de Coimbra, numa partida que será apitada por Luís Catita, da AF Évora.

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